ST 1 - Performances da história – cultura visual e os usos públicos do passado

Coordenação:

Dra. Ana Maria Mauad (LABHOI/UFF)

Dr. Marcus Oliveira (LABHOI/UFF)

 

O Simpósio Temático tem como proposta tomar a história pública como plataforma de observação das manifestações culturais associadas aos usos públicos do passado. Toma-se a história pública como uma atitude de indagação crítica em relação ao passado a partir do presente, assumindo e reconhecendo o "público" como uma das suas componentes constitutivas.

As noções de performance e culturas visuais relacionam-se às formas como os usos públicos do passado se processam em diferentes espacialidades, materialidades e temporalidades. Busca-se valorizar a ativação dos arquivos na elaboração de performances nos mundos da arte, nas políticas de memória, nas práticas fotográficas e audiovisuais.

O ST abre-se para propostas em perspectiva interdisciplinar que valorizem as visualidades como forma de plasmar a imaginação histórica, de observar os trânsitos entre os trabalhos de memória e a escrita da história, e de reconhecer na ativação dos arquivos visuais a produção de passados possíveis. Assim, reconhecer nas imagens a potência de futuro, como afirma Mauricio Lissovsky, em suas “Dez proposições acerca do futuro da fotografia e dos fotógrafos do futuro”(2011): "Uma história que se ocupa das imagens é sobretudo uma história do futuro, uma história poética. De modo geral, os historiadores acreditam que as descobertas que realizam resultam da sua argúcia. Deixam escapar que é por meio do futuro guardado nas imagens que os vestígios do passado nos visam e ainda nos dizem alguma coisa. Todo “achado” em uma imagem de arquivo é um olhar correspondido que atravessa as eras, o reencontro de um porvir que o passado sonhara – e que somente nossos próprios sonhos de futuro permitem perceber" (Facom n. 23, 2011).

 

ST 2 - História pública e educação

Coordenação:

Aliny Dayany Pereira de Medeiros Pranto (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

 

As narrativas de professores possibilitam compreender melhor o saber fazer docente em diferentes contextos históricos e culturais, a partir da colaboração (Goodson,2022) e da autoridade compartilhada (Frisch, 2016) com e entre esses/as narradores/as. O cruzamento de pesquisas em abordagens diversas estimula o diálogo entre áreas do conhecimento e contribui para o intercâmbio de práticas, saberes e resultados de pesquisa. Esperamos contribuir para a reflexão em torno do potencial dessas narrativas, mediante a aproximação e a imersão no cotidiano, nas práticas pedagógicas, na cultura escolar, na formação e na vida em geral, de professores/as de diferentes áreas do conhecimento e em múltiplos recortes temporais e espaciais. No horizonte, o simpósio também pretende favorecer a compreensão de uma história da educação, da docência a e da formação docente no Brasil. São fundamentais para o funcionamento deste espaço as discussões sobre história pública, história oral, história da educação, formação docente e pesquisa autobiográfica em geral, desde que privilegiem a lida com as memórias de professores, dentro e fora do Brasil. Consideramos as narrativas de expressão oral, a partir da aprendizagem narrativa, como potenciais para atividades de história pública, seja pela autoria compartilhada, pela oportunidade formativa em situações de estágio e outras que envolvam docentes em formação inicial ou continuada, e pela possibilidade de realização de outros produtos, tais como: podcasts e documentários.

 

ST 3 - Múltiplos públicos, objetivos diversos: memória(s), patrimônio(s), identidade(s) e ensino(s)

Coordenadores:

Almir Félix Batista de Oliveira - Doutor em História - DETUR/PPGTUR-UFRN

Margarida Maria Dias de Oliveira - Doutora em História - DHIS/PPGH/Profhistória-UFRN

 

A proposição deste Simpósio Temático tem como objetivo principal acolher discussões sobre as relações estabelecidas nos vários tipos de ensinos formais e não formais com as noções e/ou fundamentadas pelos conceitos de memória, identidade e patrimônio. Nesse sentido, temos como finalidade receber trabalhos em desenvolvimento ou concluídos, provenientes da História, Pedagogia, Turismo, Arquitetura e campos do conhecimento correlatos cujos objetos de estudo reflitam sobre práticas, saberes, formação de profissionais, produção de materiais didáticos e de publicização concernentes às áreas de conhecimentos listadas e seus diálogos. Espera-se, assim, contribuir para um campo que entendemos, necessariamente, interdisciplinar.

 

ST 4 - Entre Histórias, Memórias e Narrativas Urbanas: as cidades e os desafios da contemporaneidade

Coordenadores:

Giovanni Roberto Protásio Bentes Filho – Doutor em História (UFRN)

Janaína Porto Sobreira – Mestra em História (UFRN) e professora temporária do Ensino Médio e Técnico da EAJ/UFRN

 

A cidade é uma realidade socioespacial complexa, dinâmica e multifacetada, resultante de processos nos quais várias forças sociais se articulam e se relacionam em diferentes níveis (políticos, econômicos, culturais e/ou simbólico), que moldam a dinâmica da sociedade, bem como a do próprio espaço urbano, visto que a cidade é uma projeção potente da sociedade no tecido espacial. O choque entre essas forças sociais – o Estado, a Igreja, movimentos sociais, entre outras – tende a produzir certos desequilíbrios em processos de formação socioespaciais. Ao considerar a nossa sociedade contemporânea que, por sua vez, segue sendo marcada por altos níveis de desigualdade e estratificação social, compreendemos que o espaço citadino se torna um campo de disputas decorrentes desses desequilíbrios, sobretudo no que diz respeito à produção, às formas de uso de apropriação do solo e da paisagem, bem como do patrimônio e da memória urbana. Esses processos são atravessados por negociações, nem sempre simétricas, entre os produtores da cidade – políticos, empresários, agentes imobiliários, proprietários de terras e grupos socialmente excluídos como pessoas em situação de extrema pobreza, negros, mulheres, membros da comunidade LGBTQIA+, imigrantes, entre outros. A vida urbana de um modo geral, tem sido objeto de análise comum a vários campos do saber, sobretudo das ciências humanas, de modo que historiadores, geógrafos, sociólogos, antropólogos, arquitetos e urbanistas têm se dedicado a compreender as transformações e os desafios inerentes aos espaços urbanos e à sociedade ao longo do tempo. E fazem isso a partir de uma gama diversificada de métodos, recursos e abordagens – produção de documentários, materiais didáticos, acervos públicos, exposições em museus, uso de mídias digitais e redes sociais diversas; conferências e palestras públicas, caminhadas históricas pela cidade, etc. – que visam aprofundar o debate e democratizá-lo. A História Pública, a vista disso, tem se mostrado um campo frutífero nesse processo, agindo na mediação do conhecimento histórico produzido sobre a cidade tanto pelos acadêmicos quanto pela sociedade em geral, possibilitando, dessa maneira, uma participação social mais plural na produção de narrativas sobre o espaço urbano. Assim, este simpósio pretende reunir trabalhos, pesquisas, ensaios e projetos que contemplem o tema da Cidade, da(s) memória(s), do(s) patrimônio(s) e da história pública, que tenham como foco de análise as experiências dos grupos sociais nos espaços urbanos, suas narrativas e interpretações, sobretudo dos atores sociais mantidos (ou considerados) à margem da sociedade, a fim de promover uma compreensão mais inclusiva e diversa do passado e das dinâmicas sociais que moldam a cidade e o cotidiano de seus moradores.

 

ST 5 - Historia Pública e passados sensíveis

Coordenadoras:

Miriam Hermeto Sá Motta (UFMG)]

Nathalia Guimarães e Souza (UFMG)

A proposta deste Simpósio Temático é debater sobre diferentes processos e formas de escrita da História sobre passados considerados “sensíveis” ou “difíceis” no presente. Pretende-se colocar em pauta pesquisas que se ocupem tanto de como e porque diferentes sujeitos e/ou instituições sociais produzem narrativas históricas, quanto as formas de relação de historiadores(as) com esses usos do passado. Estarão em foco, especialmente, as complexas relações entre eventos históricos controversos, em geral marcados por políticas de manutenção de desigualdade, e a constituição de memórias sociais sobre tais eventos e sua historicidade em diferentes contextos de poder. Pretende-se analisar usos e abusos do passado e das temporalidades, tais como silenciamentos, apagamentos, negacionismos e excessos de memória. A abordagem da História Pública sobre os passados sensíveis consiste em problematizar especialmente como têm sido as negociações e os embates para construção e circulação de narrativas históricas no espaço público, refletindo sobre as dificuldades e as estratégias para abordagem das complexidades das relações de poder no tempo presente.

 

ST 6 - Simpósio temático: História pública e Teoria da História

Coordenadores:

Dr. Rafael Dias de Castro (Unimontes)

Dra. Thamara de Oliveira Rodrigues (UEMG/Divinópolis)

 

A prática historiográfica contemporânea tem cada vez mais se aberto para modos de produção do conhecimento e de saberes históricos que excedem os protocolos formais, conteúdos e públicos ligados à história disciplinar moderna. Não resta dúvidas de que, atualmente, a história pública produzida no Brasil seja um campo que tem participado ativamente na rearticulação da história no sentido de acolhimento da diferença e da abertura para historicidades disruptivas. A história pública que tem se destacado não se confunde e não se limita a atuar como uma tradução ou adaptação de conteúdos acadêmicos para públicos “não-especializados”, já que essa perspectiva correria o risco de manter uma hierarquização entre os “espaços acadêmicos” e “não-acadêmicos”. A atenção a essa perspectiva auxilia na ruptura da projeção do caráter privilegiado/redentor do conhecimento institucional, bem como questiona a ideia de que o historiador público deva oferecer à sua audiência apenas “o que ela deseja”. Ao propor este Simpósio Temático, temos a expectativa de congregar reflexões cujo foco e cuidado estejam nas interseções entre as pesquisas e abordagens acadêmicas, a sala de aula e os diferentes públicos, espaços e saberes conectados a algum tipo de interesse histórico, cuja finalidade esteja na produção de relações com o passado a partir da qual se compartilha a autoridade sobre a historicidade. Nesse sentido, serão acolhidas propostas que explorem a produção historiográfica efetuada pelo público acadêmico e não acadêmico, que tenham potencialidades para refletir sobre o papel dessas produções tanto para o ensino de história, quanto para a democratização das pesquisas históricas de forma aberta, ética e de qualidade. Destacamos temáticas que exploram a dimensão historiográfica subjacentes às narrativas históricas escritas e não escritas, a emergência de certo teor historiográfico presente em músicas, filmes, games, HQs, rádio, museus, teatro, Podcast, redes sociais, televisão, entre outros. Serão bem-vindas, também, pesquisas que abordem, para além das dimensões hermenêuticas dos objetos analisados, a materialidade e presença de afetos disruptivos na narrativa histórica, tais como apelo à sensibilidade, à alteridade e às emoções.

ST 7- Inteligência Artificial, Cultura Visual, Roteiros de Games e Cultura Maker na Historiografia e Educação

Proponentes:

Dr. Christiano Britto Monteiro dos Santos (UFF)

Antônio Diogo Greff de Freitas (UDESC/Birmingham Centre for Media and Cultural Research)

Este simpósio temático explora as interseções entre História Pública, História Digital e o uso de Inteligência Artificial (IA), com ênfase na Cultura Visual, Roteiros de Games e Cultura Maker na Historiografia e Educação. A proposta busca discutir como a IA pode ser utilizada para analisar, preservar e divulgar patrimônios históricos e culturais, além de transformar a forma como interagimos com o passado em ambientes digitais. Serão abordados temas como:

- Aplicações de IA na análise de fontes históricas visuais, como fotografias, filmes e arte digital.

- Usos de ferramentas digitais que utilizam IA para facilitar o acesso e a interpretação de arquivos históricos.

- O impacto das novas tecnologias na construção e disseminação de narrativas históricas para o público em geral.

- A utilização de IA em projetos de História Pública para engajar audiências diversificadas e promover uma maior compreensão histórica.

- O papel da cultura visual na formação da memória coletiva e nas representações

do passado.

- Roteiros de games como meio de narrar histórias públicas e digitais, incluindo a

criação, desenvolvimento e impacto dessas narrativas interativas.

- A Cultura Maker e seu papel na preservação e recriação de experiências históricas, destacando como a fabricação digital pode ser utilizada para recriar artefatos históricos e promover o aprendizado ativo.

O simpósio visa proporcionar um espaço de diálogo entre historiadores, especialistas em tecnologia, roteiristas de games e profissionais da cultura maker, promovendo uma troca de conhecimentos e experiências sobre as melhores práticas e os desafios do uso de IA na História Pública.

 

ST 8 – Sertão sertões, de dentro e de fora: passados estereotipados e narrativas (r)existentes

Coordenadores:

Tyego Franklim da Silva – Doutor em História (SEEC/RN)

 Luana Barros de Azevedo – Doutoranda em História (PPGH-UFRN)

 

O simpósio temático "Sertão sertões, de dentro e de fora: passados estereotipados e narrativas (r)existentes" tem como objetivo reunir e discutir pesquisas que abordem os sertões sob diversas perspectivas narrativas, especialmente aquelas que iluminam passados difíceis e contestados. Este simpósio está inserido nas interfaces da História Pública, especialmente sob a perspectiva do eixo "Narrativas e Passados Difíceis". Nos interessa perceber como os sertões são construídos e se constroem ao longo do tempo, impactando a percepção e a identidade dos povos que habitam esses espaços. Busca-se aprofundar o diálogo interdisciplinar que enriquece o entendimento sobre os sertões e suas narrativas, promovendo uma abordagem histórica crítica que desconstrua visões estereotipadas e apresente perspectivas alternativas. Partimos do (re)conhecimento dos sertões por meio de seus espaços e sujeitos sertanejos, com a pretensão de se explorar análises que aprofundem interpretações sobre como os sertões são construídos e representados ao longo do tempo – a partir dos conflitos, resistências, narrativas e estereótipos, desde os processos de conquista até suas representações midiáticas –, com ênfase na produção, apropriação, mobilização e a promoção do conhecimento histórico para além dos muros acadêmicos, conforme os debates da História Pública. Dessa forma, o simpósio propõe-se a reunir e fomentar discussões que visem debater os estereótipos sertanejos apresentados nas mídias, redes sociais, meios de comunicação, programas televisivos, teatros, museus, roupas e assessórios, espaços e comunicações relacionados ao turismo, na música, cinema e novelas, na literatura (sobretudo na poesia e no cordel), nas manifestações religiosas, festividades, entre outros. Este simpósio busca acolher trabalhos que analisem os sertões a partir de múltiplas problemáticas, tomando como essencial a participação do público no processo de construção histórica das imagens sertanejas, sejam elas sujeito e/ou espaço. Por esse motivo, convidamos a Rede Brasileira de História Pública a submeterem suas propostas, contribuindo para um debate rico e diversificado sobre os sertões enquanto espaços e sujeitos. Nesse sentido, acolheremos, também, pesquisas que discutam como a agência dos povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais dos sertões, suas práticas de resistência, modos de vida e contribuições para a formação da identidade regional são interpretados e mobilizados pela história pública em contextos de ressignificação e/ou contestação de seus passados. Este simpósio é uma oportunidade de compartilhar diálogos relacionados às questões da História Pública, proporcionando novas visões e entendimentos sobre esses territórios e suas narrativas.

 

ST 9  - História pública e oralidades

Coordenadoras:

Juniele Rabêlo de Almeida (UFF)

Marta Gouveia de Oliveira Rovai (Universidade Federal de Alfenas)

 

O Simpósio Temático História pública e oralidades tem por objetivo: reunir profissionais que utilizem os procedimentos da história oral em pesquisas que pensem as possibilidades de construção/difusão/ampliação do conhecimento histórico. Sob a expressão “história pública” reúnem-se múltiplas iniciativas em favor do redimensionamento do saber histórico (produção compartilhada e ampliação dos públicos da história). Este Simpósio Temático tem como meta avançar nas discussões sobre a ampla gama de questões teóricas e práticas em torno da história pública no Brasil, visada em perspectiva internacional. Este simpósio será uma oportunidade para abordar a relação entre oralidade e história pública a partir dos seguintes temas: a história oral e a diversidade de públicos da história; o impacto social e público da produção acadêmica participativa; a função da história pública na divulgação e no gerenciamento dos acervos orais vinculados ao patrimônio material e imaterial; o impacto das novas mídias sobre as estratégias de produção e publicização da história oral; os procedimentos da história oral diante de celebrações, comemorações, memoriais; os cruzamentos entre história pública/história oral e outras áreas de conhecimento aplicado, como o jornalismo, o cinema, as relações públicas, a gestão de organizações, o turismo; a história oral e gênero; a relação entre história oral e literatura, em múltiplos âmbitos de narrativa histórica: as biografias, os testemunhos, a ficção histórica. Afirma-se a necessidade do estabelecimento de diálogos entre o saber acadêmico e o trabalho com oralidades; considerando a necessidade da não supressão da ciência em favor da história pública, porém, o desejo de pensar a construção de uma ponte de comunicação com a recepção social do trabalho acadêmico.

Serão bem-vindas pesquisas e reflexões que tenham como eixo central a relação entre história pública e história oral. O Simpósio Temático será uma excelente oportunidade para aprofundarmos os debates sobre história pública e história oral no Brasil. A pergunta que podemos fazer é como a academia pode, de dentro dela, colaborar para forjar uma história engajada.

 

ST 10 – História/Pública/Digital

Coordenador: Pedro Telles da Silveira (USP)

A história digital ganhou este nome em meados da década de 1990, quando a ascensão a ascensão da internet e a popularização dos computadores pessoais (PCs) sinalizava uma alteração significativa nos meios de produção e circulação do conhecimento especializado. Num primeiro momento, sobretudo na Itália e nos Estados Unidos, polos iniciais da Digital History e da storiografia digitale, a história digital abria novas formas de realização e publicação de textos históricos, que assumiriam caráter interativo e não-linear, de modo a permitir que historiadoras e historiadores “compartilhassem sua autoridade” com o público. A história digital também permitiria, graças à digitalização das fontes, acesso a uma biblioteca virtualmente infinita, ampliando as possibilidades de trabalho na história. Não se tratava da primeira tentativa de unir a historiografia às potencialidades abertas pela computação. No entanto, a história digital demonstrava que a prática historiográfica se abria à influência de movimentos tecnológicos externos à dinâmica acadêmica e, com isso, fazia historiadoras e historiadores aprenderem, testarem e, por que não, “brincarem” — “thinkering”, no dizer de Andreas Fickers e Anita Lucchesi — com as tecnologias então disponibilizadas. Passado meio quarto de século, ainda que nem todas as “promessas” da história digital tenham sido realizadas, é inegável o impacto das tecnologias digitais no fazer historiográfico, para não mencionar as consequências das novas tecnologias, incluindo as redes sociais, para a circulação e a difusão do conhecimento histórico e para a atuação de historiadoras e historiadores. As tecnologias digitais transformaram o mundo, e a história foi transformada em conjunto. Em paralelo, a ascensão da História Pública enquanto forma de pensar o engajamento do conhecimento histórico em circuitos outros que o acadêmico possibilitaram compreender uma série de propostas, analógicas ou digitais, construídas com, junto e para o público. História digital e História Pública se influenciaram reciprocamente, fortalecendo dinâmicas que permitem transformar a historiografia a partir do que está situado para além da academia e, inversamente, contribuir com o debate público a partir do conhecimento histórico. Considerando a situação descrita acima, o simpósio temático História/Pública/Digital tem como objetivo acolher propostas de comunicação, estudos, relatos de experiência, produtos e objetos digitais que estejam situados na intersecção entre história digital, História Pública e as combinações destes termos - “história”, “público" e “digital”. O simpósio está aberto a trabalhos que abordem e pratiquem formas de divulgação do conhecimento histórico através de tecnologias digitais; que apresentem iniciativas voltadas para a construção pública do conhecimento histórico por meio do diálogo com o público; que avaliem mudanças no fazer historiográfico a partir das tecnologias digitais; que proponham formas de apresentação, coleção e organização de fontes e dados históricos digitais; e, por fim, que indaguem o que é a atuação de historiadoras e historiadores em meio, através e com as mídias digitais.